Reflexão: O Grande Valor da Banha – Muito Além do Prato
- Rodrigo OCordeiro
- 24 de jul.
- 2 min de leitura
Em tempos em que a busca por alimentos naturais, sustentáveis e nutritivos cresce, um ingrediente simples vem sendo redescoberto: a banha de porco. Mas engana-se quem pensa que seu valor está apenas na cozinha. A banha carrega em si uma história de saber popular, de sustentabilidade e de conexão com a terra.
O primeiro valor da banha é o econômico. Ela é acessível, pode ser feita em casa a partir do aproveitamento total do animal, e substitui com excelência os óleos industrializados. Em comunidades rurais, representa também uma forma de renda e de valorização de uma produção mais artesanal.
O segundo valor é ambiental. Diferente dos óleos vegetais que demandam grandes monoculturas, desmatamento e uso intensivo de agrotóxicos, a banha vem de um sistema mais circular. Ao utilizar o animal de forma integral, evita-se desperdício e incentiva-se uma criação mais consciente e sustentável, sobretudo em criações caipiras e agroecológicas.
O terceiro valor é simbólico. A banha nos reconecta com a cultura alimentar brasileira. Das cozinhas mineiras às casas do sertão, ela sempre esteve presente. Seja no feijão tropeiro, na paçoca de carne de sol ou no torresmo, a banha é parte de nossa identidade. É aquele aroma que remete à infância, à casa da avó, ao fogão à lenha.
Quando resgatamos a banha, resgatamos também um jeito de viver. Mais
simples, mais autêntico e mais atento aos ciclos da natureza. A valorização da banha é também a valorização do produtor rural, do pequeno criador, do alimento de verdade.
Portanto, ao escolher usar banha, você não está apenas fazendo uma opção culinária. Você está escolhendo apoiar modos de vida mais sustentáveis, economias locais, saberes antigos. E também — por que não? — dar mais sabor à sua vida.

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